O acesso à internet e o uso de aparelhos eletrônicos ainda é difícil para quem tem necessidades especiais
A
 acessibilidade nas cidades, seja em vias públicas ou em outros espaços 
físicos, é pauta frequente entre as discussões relacionadas aos 
portadores de deficiência. Mas quando o assunto passa a englobar o 
acesso à internet, muitas vezes o debate é desvalorizado ou esquecido.
A
 legislação brasileira determina, desde o ano de 2004, que portais e 
outros sítios na internet sejam desenvolvidos de modo acessível a 
pessoas com qualquer tipo de deficiência, seja visual, auditiva, de fala
 ou física. No entanto, os debates sobre acessibilidade e tecnologia não
 terminaram por aí.
Para o estudante de computação e deficiente 
visual Lucas Radaelli, conhecido no mundo virtual pelo canal do YouTube 
"Ponto de Vista", as principais dificuldades para os portadores de 
deficiência ainda estão no manuseio de dispositivos não adaptados às 
suas necessidades.
"Na maioria das vezes, integrar o que chamamos
 de acessibilidade nesses produtos não é algo tão custoso e nem tão 
complicado. É apenas uma questão de considerar essas pessoas no projeto e
 fazer algumas mudanças", ressalta.
Com isso em mente, Lucas 
decidiu então assumir o papel de consultor de acessibilidade e mantém, 
além dos vídeos no YouTube, um blog onde auxilia outros usuários a 
utilizarem aplicativos, softwares e aparelhos eletrônicos.
Mesmo 
com avanços na área, o que falta a algumas empresas, segundo ele, é um 
pouco de conscientização sobre o aumento no número de consumidores 
portadores de deficiência. "As empresas precisam entender que isso não é
 uma questão de caridade, e sim de mercado. Os deficientes visuais, com o
 avanço da tecnologia, também possuem um poder aquisitivo e são 
compradores", afirma Lucas.
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