Você já imaginou que o seu telefone pode se tornar um ZUMBI e você nem perceber ? Isso mesmo, seu telefone pode conter aplicativos que salva toda a sua agenda telefônica e manda para pessoas estranhas.
Quem instala um aplicativo de rede social não quer ficar sozinho: quer
que seu grupo de amigos também participe do serviço e interaja com ele.
No entanto, alguns desenvolvedores têm abusado da boa vontade dos
usuários – ou da falta de atenção deles –, obtendo acesso a informações
pessoais do dono do smartphone. Isso sem avisá-los, para que possam ter a
opção de fornecer ou não esses dados.
Para “bisbilhotar” na lista de contatos dos usuários, alguns
aplicativos usam a desculpa de procurar mais amigos em certo serviço. A
polêmica sobre a prática existe porque em muitos casos o usuário não é
avisado de que essa varredura em seus dados será feita assim que ele
instalar um programa qualquer.
O problema de privacidade veio à tona no início de fevereiro com os
aplicativos Path (espécie de rede social para amigos íntimos) e
Instagram (rede social de imagens) -- o primeiro para iPhone e Android e
o segundo exclusivo para iPhone. Nos dois casos, as desenvolvedoras
foram acusadas de copiar , sem avisar, informações dos usuários (nome,
telefone e e-mail, entre os adeptos ao Path) para os servidores da
companhia. O processo chegou a ser feito sem criptografia, o que pode
facilitar a ação de hackers.
“Isso tem cara de erro de projeto, o que é comum para quem desenvolve
aplicativos. O Path, uma rede social com mais de 2 milhões, é seguro e
existe há dois anos”, disse Breno Masi, sócio fundador da Fingertips,
empresa brasileira de desenvolvimento de aplicativos.
A partir desses casos começaram a aparecer outros: O Twitter (rede de
microblog) fazia o mesmo com os e-mails e telefones de contatos, e o
Foursquare (rede social de geolocalização) utilizava a mesma técnica.
Os quatro programas descritos nesta reportagem passaram por
atualizações e começaram a alertar os usuários sobre a prática de coleta
de dados menos de uma semana após a repercussão dos casos. O problema,
no entanto, não está resolvido. Não há garantia de que um o aplicativo
que você baixar amanhã não acessará os seus dados – sem avisar – como já
fizeram Twitter, Foursquare, Path e Instagram.
O que fazer?
Essa questão é recente e não há muitas garantias ou cuidados para evitar que desenvolvedores coletem informações do usuário (uma decisão recente, da Califórnia, pode ajudar a reverter este quadro).
“Não dá para saber quando o aplicativo copia, a não ser que ele mesmo
informe que isso vai acontecer”, diz Fábio Assolini, analista da empresa
de segurança Kaspersky. Segundo ele, algumas vezes a informação sobre a
coleta de dados está na licença de software – algo que geralmente
ninguém lê antes de instalar um programa.
A questão da privacidade piora quando os aplicativos são gratuitos. “Se
um programa é grátis, significa que o produto é você. Nestes casos, os
dados coletados pelo aplicativo geram receita com propagandas e
banners.”
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