segunda-feira, 12 de março de 2012

Telefone zumbi ? Existe sim veja algumas dicas

Você já imaginou que o seu telefone pode se tornar um ZUMBI e você nem perceber ? Isso mesmo, seu telefone pode conter aplicativos que salva toda a sua agenda telefônica e manda para pessoas estranhas.

Quem instala um aplicativo de rede social não quer ficar sozinho: quer que seu grupo de amigos também participe do serviço e interaja com ele. No entanto, alguns desenvolvedores têm abusado da boa vontade dos usuários – ou da falta de atenção deles –, obtendo acesso a informações pessoais do dono do smartphone. Isso sem avisá-los, para que possam ter a opção de fornecer ou não esses dados.

Para “bisbilhotar” na lista de contatos dos usuários, alguns aplicativos usam a desculpa de procurar mais amigos em certo serviço. A polêmica sobre a prática existe porque em muitos casos o usuário não é avisado de que essa varredura em seus dados será feita assim que ele instalar um programa qualquer.

O problema de privacidade veio à tona no início de fevereiro com os aplicativos Path (espécie de rede social para amigos íntimos) e Instagram (rede social de imagens) -- o primeiro para iPhone e Android e o segundo exclusivo para iPhone. Nos dois casos, as desenvolvedoras foram acusadas de copiar , sem avisar, informações dos usuários (nome, telefone e e-mail, entre os adeptos ao Path) para os servidores da companhia. O processo chegou a ser feito sem criptografia, o que pode facilitar a ação de hackers.
“Isso tem cara de erro de projeto, o que é comum para quem desenvolve aplicativos. O Path, uma rede social com mais de 2 milhões, é seguro e existe há dois anos”, disse Breno Masi, sócio fundador da Fingertips, empresa brasileira de desenvolvimento de aplicativos.

A partir desses casos começaram a aparecer outros: O Twitter (rede de microblog) fazia o mesmo com os e-mails e telefones de contatos, e o Foursquare (rede social de geolocalização) utilizava a mesma técnica.
Os quatro programas descritos nesta reportagem passaram por atualizações e começaram a alertar os usuários sobre a prática de coleta de dados menos de uma semana após a repercussão dos casos. O problema, no entanto, não está resolvido. Não há garantia de que um o aplicativo que você baixar amanhã não acessará os seus dados – sem avisar – como já fizeram Twitter, Foursquare, Path e Instagram.

O que fazer?
Essa questão é recente e não há muitas garantias ou cuidados para evitar que desenvolvedores coletem informações do usuário (uma decisão recente, da Califórnia, pode ajudar a reverter este quadro). “Não dá para saber quando o aplicativo copia, a não ser que ele mesmo informe que isso vai acontecer”, diz Fábio Assolini, analista da empresa de segurança Kaspersky. Segundo ele, algumas vezes a informação sobre a coleta de dados está na licença de software – algo que geralmente ninguém lê antes de instalar um programa.
A questão da privacidade piora quando os aplicativos são gratuitos. “Se um programa é grátis, significa que o produto é você. Nestes casos, os dados coletados pelo aplicativo geram receita com propagandas e banners.”

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