Compesa, Ferragens Negrão, Leroy Merlin, Petrobras e Smart.Net renovaram a gestão unindo ERP
e BI. A química tecnológica proporcionou vantagens estratégicas,
facilitando o atingimento de metas e o bom posicionamento diante da
concorrência.
Algumas empresas vão além da parceria com o
cobiçado Business Intelligence e exploram o máximo do poder da
integração com o sistema de gestão empresarial. É o caso da Smart.Net,
marca de soluções de prestação de serviços em tecnologia do Grupo VR. A
plataforma tecnológica da companhia funciona orquestrada, unindo ERP,
CRM [ambos da Oracle], BI [da MicroStrategy], sistema de billing, e SN
Core, solução desenvolvida internamente que cuida das transações de
pagamento que somam mais de 700 milhões ao ano.
A inovação tem
uma responsabilidade importante: ganhar eficiência para controlar os
cerca de 5 milhões de cartões (refeição, alimentação e transporte) em
mais de 1,4 mil cidades em todos os estados do País, de 125 mil
estabelecimentos credenciados.
Andreia Tavares, gerente de BI do
Grupo VR, explica como essa cadeia tecnológica funciona. “O CRM é a
porta de entrada de contratos, atendimento ao cliente, abertura de
ordens de serviço de máquinas etc. Essas informações alimentam o SN Core
e partem para o billing, onde é feito o faturamento. Do billing, os
dados vão para o ERP e lá são geradas notas fiscais, contas a pagar e a
receber etc.”
O ERP é parte da operação da companhia há mais de
dez anos e é atualizado de acordo com o cronograma de novas versões da
fabricante. Segundo Andreia, com a chegada do BI, modificou-se a forma
de tomar decisões de negócios e foi possível criar uma cultura
analítica. Diversos dashboards e relatórios permitem que os cerca de 60
usuários diretos do BI e os mais de cem que têm acessos às informações
monitorem e controlem o andamento dos negócios, podendo agir de forma
preventiva e corretiva.
O resultado dessa arquitetura, prossegue,
traduz-se em inúmeros benefícios entre eles maior eficácia da força de
trabalho, melhoria nos processos de negócios, acompanhamento e
monitoramento dos níveis de serviços a clientes internos e externos,
aumento da produtividade e melhor acompanhamento dos resultados
financeiros e operacionais. “O projeto trouxe transparência e
credibilidade para a relação com o cliente e permite identificar pontos
críticos na operação. Não se pode fazer gestão em cima do operacional”,
pontua Andreia.
A gerente de BI do Grupo VR cita que algumas
vezes o BI se comportou como “dedo duro” da operação e permitiu
melhorias. Como exemplo, ela destaca a área de atendimento aos clientes
interno e externo. “Antes, o caso mais importante para ser resolvido era
o primeiro que aparecesse na mesa. Agora, com um painel, é possível
priorizar casos críticos e a ferramenta ajuda emitindo alertas
preventivos”, detalha.
De olho nos ganhos obtidos, Andreia afirma
que faz parte dos planos da companhia outros caminhos como análises
preditivas, disponibilização de informações em tempo real e uso da
versão móvel do BI.
Máxima integração ao ERP [da SAP] também é o
mote do novo desenho do ambiente de TI da Petrobras Distribuidora (BR).
Há um ano, ao sistema de gestão empresarial somam-se as funcionalidades
da ferramenta de BI e de Supply Chain, ambas também da SAP, e a de CRM
da Oracle. De acordo com Nelson Costa Cardoso, CIO da BR, mais uma
solução fará parte desse quadro, a de gestão de transporte, que ainda
estão escolhendo.
Cardoso diz preferir trabalhar com variados
fornecedores e assim extrair o máximo de cada uma das soluções.
“Integrar essas tecnologias não é um complicador, visto que toda a nossa
plataforma é baseada em Java. Esse recurso faz o link com todas as
aplicações, dessa forma a integração torna-se tarefa simples de ser
realizada”, afirma.
O ERP da companhia é altamente estratégico na
avaliação do executivo, visto que opera desde o chão de fábrica à sede e
é base para visualização de cenários críticos. “Trabalhar com recursos
analíticos integrados ao ERP facilita em muito o trabalho de gestores
que precisam tomar rápidas decisões. É possível ter uma visão muito mais
ampla.”
Não diferente, o BI dá o tom ao ERP da distribuidora de
materiais de construção Ferragens Negrão. O sistema de gestão
empresarial, da Informata, coleta e disponibiliza informações gerenciais
detalhadas, de forma unificada, para auxiliar no planejamento
estratégico. Utilizado nas áreas de Compras, Vendas e Logística,
substituiu uma tecnologia desenvolvida internamente. O BI da Ahead Tools
extrai do ERP as informações necessárias para os negócios.
Mauro
Saling, diretor Comercial da Ferragens Negrão, conta que o alto
potencial de cruzamento de dados e a fácil interpretação dos relatórios
do Business Intelligence possibilitaram um raio X em tempo real da
situação comercial da companhia e tornaram-se essenciais para o
desenvolvimento de planos e ações com base nos históricos apresentados.
No
setor de Vendas, 830 representantes lidam diretamente com a ferramenta
de BI e agora eles têm acesso a dados diários sobre estatísticas de
venda por cliente, por região e acompanhamento de metas da área. O
departamento de Compras, por exemplo, controla por meio dos relatórios, a
não conformidade de produtos, ajustes de margem, faturamento, entre
outros. A equipe pode se munir de dados necessários para executar as
tarefas do dia a dia. Pontos de melhoria foram identificados e colocados
em prática, segundo a empresa.
Para Saling, a vantagem de
integrar as duas plataformas é que as mudanças, se necessárias, são
realizadas de forma rápida, facilitando o alinhamento com os negócios.
“Como vivemos evoluções constantes, ajustes sempre têm de ser feitos e
podemos incrementar o ERP e turbinar o BI”, assinala.
Outro papel
importante do BI para o ERP, afirma o executivo, é que a solução de
inteligência passa a assumir um papel de auditor do sistema de gestão.
“Informações contábeis, de cobrança e de estoque, tudo isso pode ser
verificado. Fazemos conferência de todo o processo, avaliamos se há
pontos de divergência e atuamos para resolver”, detalha.
Além
disso, as plataformas vão ajudar na expansão da Ferragens Aragão. “Como
ganhamos capacidade de avaliar quais regiões mais demandam nossos mais
de 25 mil itens, incluindo ferramentas e produtos elétricos, podemos
instalar unidades nessas localidades e ampliar o alcance da companhia”,
observa.
Na mesma trilha pelas vantagens analíticas , a Leroy Merlin,
que atua no mercado de material de construção, decidiu que o ERP terá de
apresentar essa capacidade embutida. “A empresa apoia-se na filosofia
de descentralização e queremos partilhar indicadores de todos os
processos de negócios possíveis com o maior número de profissionais”,
conta Anderson Cunha, CIO da Leroy Merlin no Brasil.
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