A virtualização de servidores
está na pauta das empresas há pelo menos dez anos e mesmo que questões
como armazenamento ainda causem dor de cabeça para a TI, as vantagens da
tecnologia são reais e elas valem até mesmo para as pequenas
companhias, que podem encontrar na plataforma vantagem competitiva. A
seguir, seis motivos para esse nicho apostar na virtualização.
1. Aumentar a eficiência do servidor
A
razão tradicional e mais atraente para a implementação de servidores
virtualizados é fazer uso mais eficiente dos recursos computacionais no
que diz respeito a ciclos de processamento e memória RAM. Além da
redução dos custos de energia e refrigeração, empresas de pequeno e
médio portes podem reduzir as despesas de capital já que menos
servidores físicos são comprados para substituir um número maior de
máquinas ociosas.
Implementar servidores virtuais é uma forma
simples para reunir em um host físico muitas máquinas virtuais (VMs).
Ainda assim, mesmo que a virtualização de servidores possibilite
diversos benefícios, ela não livra a TI das tarefas administrativas
necessárias para gerenciamento de servidores físicos.
De fato, o
gerenciamento da virtualização é ainda mais desafiador devido à
facilidade com que as máquinas virtuais podem ser criadas. Além disso, é
preciso monitorar o tráfego entre as máquinas virtuais na rede e
identificar gargalos de performance.
2. Melhorar os esforços de recuperação de desastres
A
recuperação de desastres é a capacidade de restabelecer tarefas ao seu
estado natural após um desastre. Como é possível imaginar, o backup de
uma infraestrutura totalmente virtualizada faz cópias de imagens de
máquinas virtuais e é um processo muito mais simples quando comparado à
tarefa tradicional.
Além disso, o processo consome apenas uma
parte do equipamento original para hospedar uma infraestrutura inteira,
usando virtualização. Isso significa que para empresas menores, que não
contam com grandes orçamentos de TI, é possível comprar um pequeno
número de servidores. Em caso de desastres, esses equipamentos podem ser
realocados, se necessário, e configurados com a última versão da
máquina virtual, uma movimentação que é mais rápida do que a de muitos
fornecedores de TI.
Obviamente, o fato de que mesmo a maior
infraestrutura de empresas de pequeno e médio portes pode ser
consolidada dentro de algumas unidades de disco rígido, esse cenário tem
implicações na segurança. Por exemplo, existe o risco de máquinas
virtuais serem perdidas por um erro humano.
Com isso em mente,
usar a virtualização como um meio de recuperação de desastres requer
planejamento. Cuidados devem ser tomados para elaborar os processos e
procedimentos adequados de
segurança. A responsabilidade pela guarda de máquinas virtuais deve ser claramente definida.
3. Ampliar a estratégia de continuidade de negócios
Continuidade
de negócios é diferente de recuperação de desastres, já que seu
objetivo é atingir zero ou o mínimo de interrupções das operações.
Sabendo que a fonte mais comum de falha no data center é a do hardware
do servidor, esse é o lugar em que um recurso de virtualização de
servidor, chamado migração em tempo real, deve entrar para ajudar a
preservar a continuidade dos negócios, eliminando o tempo de
inatividade.
Usando a migração em tempo real, os administradores
são capazes de facilmente mover máquinas virtuais em tempo real entre os
hosts do servidor físico. Esse tipo de migração acontece por meio da
sincronização do disco e da memória em segundo plano entre dois
servidores físicos.
A migração em tempo real pode facilitar a
manutenção do servidor ou a atualização do hardware sem que seja
necessário agendar qualquer parada para manutenção.
Embora a
virtualização fortaleça a continuidade dos negócios, não faz milagres em
caso de inundações ou incêndios. A implementação de failover [outro
blade entra em cena automaticamente para ocupar o lugar de uma placa
problemática] é, em muitos casos, cara para a maioria das pequenas e
médias empresas, enquanto isso, a migração em tempo real somente exige a
presença de uma rede Gigabit Ethernet [ou superior] para funcionar.
4. Aditivar desenvolvimento de software
Se
sua empresa trabalha com desenvolvimento de software, a virtualização
proporciona a oportunidade de reduzir custos, eliminando a necessidade
de desembolsar grandes quantias de dinheiro para adquirir hardware
adicional. Médias empresas também se beneficiam. Isso porque as equipes
de desenvolvimento economizam tempo por não ter de suportar o longo
processo de requisição de novos servidores.
O desenvolvimento de
aplicações que não são sensíveis à latência também pode ser feito em
versões desktop do software de virtualização, também conhecido como
Hypervisor Tipo 2. Esses são tipicamente mais baratos e também oferecem
capacidades adaptadas para uma melhor experiência de desktop. Alguns dos
tipos mais populares do Type 2 hypervisor são o Oracle VM VirtualBox
[código aberto] e VMware Workstation para Windows, bem como o VMware
Fusion e Parallels para Mac.
5. Facilitar o teste das atualizações e patches de segurança
A
virtualização torna trivial a tarefa de testar novas atualizações de
software ou patches de segurança antes da implementação dos sistemas.
Além disso, as equipes de desenvolvimento internas poderão testar
aplicações n-tier [desenvolvidas em várias camadas] lógicas em uma
réplica virtual da infraestrutura atual para testar problemas
decorrentes de interações inesperadas entre os vários componentes.
6. Tirar proveito da virtualização de desktop
Uma
modalidade cada vez mais popular de virtualização é a de clients, o que
implica rodar o ambiente desktop inteiro dentro de um servidor
centralizado. Como todo o processamento é feito no servidor,
dispositivos clients são tipicamente thin clients que servem como um nó
de extremidade para conectar periféricos como teclado, mouse, um
monitor, conectores de áudio e até mesmo portas USB por meio da rede
LAN.
Embora haja semelhanças entre virtualização de servidores e
de desktop em infraestrutura básica necessária, as empresas não devem
cometer o erro de misturá-los porque os objetivos são diferentes e as
considerações técnicas também. O termo Virtualization Desktop
Infrastructure ou VDI é usado para descrever componentes de hardware e
de software necessários para suportar uma implementação de virtualização de desktop.
Ingressar nesse universo requer uma análise detalhada dos
fornecedores da tecnologia para que a implementação não se torne uma
frustração para as empresas.
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