Mesmo que a sua organização esteja seguindo a trilha da virtualização ou caminhando para a nuvem,
é provável que ainda esteja cuidando, pelo menos, parte da
infraestrutura. Isso significa que há uma boa chance de sua companhia
estar operando servidores e outros equipamentos que geram alto consumo de recursos. O que isso significa? Que seu data center está repleto de zumbis.
"Essa é uma situação é cara para uma série de data centers", diz Paul
Goodison, CEO da Cormant, empresa de gestão de infraestrutura. "A
manutenção de um servidor pode custar algo em torno de 2 mil dólares por
ano, sendo que entre 10% e 30% deles estão mortos. Em uma empresa que
conta com 4 mil servidores, se 400 deles estiverem ociosos, o gasto
anual com esses equipamentos chega a 800 mil dólares”, exemplifica,
completando que trata-se de uma grande quantidade de dinheiro que as
companhias não podem se dar ao luxo de desperdiçar.
Goodison diz que recentemente visitou um cliente da Cormant, que
pensava contar com cerca de 900 máquinas zumbis. Quando a Cormant
executou um inventário, encontrou 1,3 mil equipamentos nessas condições,
alguns dos quais não tinham conexões LAN, mas ainda estavam ligados à
energia.
Por que os servidores tornam-se zumbis?
O
executivo aponta que equipamentos zumbis surgem por duas razões. A
primeira acontece depois que um servidor é usado pela empresa por um
período de tempo e acaba se tornando um item esquecido em algum lugar do
data center. Ao longo do tempo, a necessidade para o uso do servidor
desaparece, mas não há nenhuma processo de desativação da máquina.
"A deterioração acontece porque a organização não tem certeza do que
fazer com o servidor", afirma. "A companhia diz: 'Vamos deixar essa
máquina parada por enquanto e depois a usamos’. E, então, ela nunca
volta a utilizá-la, explica.
Esse quadro é comum quando não há um processo de gerenciamento de TI,
observa Goodison. Servidores tendem a ser encomendados de uma forma e,
com o tempo, a organização sabe que há uma máquina fisicamente lá, mas
não sabe o que ela faz ou se deve utilizá-lo naquele momento.
Data center sob controle
Para manter às rédeas
sob o data center, Goodison afirma que é preciso começar com uma boa
documentação. E isso não significa apenas a criação de uma planilha,
adverte. A tarefa começa com um registro preciso dos equipamentos
físicos, juntamente com as informações do proprietário e de conexões de
rede e dados. Switches podem ser zumbis também, então é necessário
incluí-los nos registros.
A organização precisa ainda de um Data Center Infrastructure
Management (DCIM), ferramenta que possibilita monitoramento em tempo
real e gerencia toda a infraestrutura e instalações. O executivo alerta
que os registros devem ser atualizados regularmente, incluindo
informações sobre o novo proprietário quando um equipamento é adicionado
ao ambiente.
"A TI não deve inserir um novo servidor em um estado ativo a menos
que possa identificar quem é o dono", recomenda Goodison. "Parte do
processo de mudança é fazer as pessoas documentarem o que elas fazem de
forma mais estruturada. É vital olhar para a implementação de forma
holística. Não se trata apenas da adição de um servidor, é preciso ir
além”, assinala.
Uma vez que a documentação e as ferramentas estejam em ordem, é
necessário começar a consultar e analisar, regularmente, informações
como: consumo de energia, utilização de CPU, tráfego de rede e assim por
diante. Essas métricas podem ajudar a identificar um zumbi com mais
eficácia.
"A área de tecnologia da informação precisa olhar o quadro físico
completo e complementar com dados de consulta", acrescenta. No final, a
área terá visibilidade completa do data center e como o equipamento está
realizando as tarefas diárias. "Uma boa gestão paga dividendos em
termos de retorno sobre o investimento (ROI)", finaliza Goodison.
Fonte:
http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2012/05/01/zumbis-estao-sao-sugando-a-vida-do-seu-data-center/
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