quinta-feira, 14 de junho de 2012

BI pode alavancar e-commerce no País



Apesar do crescimento registrado no setor de comércio eletrônico no mercado nacional, o segmento ainda terá de enfrentar desafios para se consolidar com êxito no País. Umas das principais ferramentas apontadas pelas empresas do setor para pavimentar o caminho do crescimento do e-commerce é a aplicação de Business Inteligence (BI) no modelo de negócio virtual.

"O grande desafio que teremos daqui pra frente é aproximar a realidade do consumidor nas compras offline do comportamento que este mesmo indivíduo tem quando realiza uma transação na internet", explica Marcelo Calende, diretor de negócios para o Varejo da IBM, durante o Fórum de Varejo Digital Digitailing, realizado em São Paulo nesta semana.

De acordo com o estudo Observador 2012, realizado pela Cetelem, empresa do grupo francês

BNP Paribas, 53% dos 1,5 mil consumidores brasileiros entrevistados querem comprar produtos por meio da página pessoal de rede social favorita sem ter de ir à loja. O levantamento apontou que 57% dos entrevistados da região Nordeste acreditam no potencial de vendas por meio das redes sociais, seguidos pelas regiões Sudeste, com 53%; Sul, com 52%; e Nordeste e Centro-Oeste, com 46%.

"O mercado brasileiro tem uma particularidade que é o grande volume de devices pulverizados pelo País, mas com pouca utilização para fins de comércio eletrônico. Se conseguirmos oferecer outras opções de compra online, ou entender as necessidade deste cliente durante o momento da compra no site, poderemos chegar a um perfil e customizar nossas ferramentas de negócio", explica Germán Quiroga, CEO da empresa Nova Pontocom, que congrega as marcas Ponto Frio, Extra e Casas Bahia.

Tendências tecnológicas

Além das soluções analíticas, o setor de varejo enxerga outras oportunidades de aproximação com os clientes como ofertas de conveniência aos consumidores. O volume de transações que utilizam dispositivos móveis como meio de pagamento, o chamado mobile payment – como compras de bens digitais, transferência de dinheiro ou pagamento através da tecnologia NFC (Near Field Communications) – devem ultrapassar os US$ 171,5 bilhões neste ano, segundo projeção do Gartner. Projeção que pode se consolidar no setor.

O número de usuários desses serviços alcançará 212,2 milhões, o que, se confirmado, representará um crescimento de 32% na comparação com o registrado no ano passado, quando totalizou 160,5 milhões de usuários. "Esperamos que o volume de transações móveis cresça a 42% entre 2011 e 2016 em todo o mundo. Assim, prevemos um mercado de US$ 617 bilhões, com 448 milhões de usuários ao fim desse período", prevê a diretora de pesquisa do Gartner, Sandy Shen.

Ainda segundo o estudo, o m-payment terá soluções e serviços fragmentados nos próximos dois anos, por isso os fornecedores de tecnologia terão que adequar seus portfólios às realidades locais, modelos de negócio e parceiros. Para Shen, o SMS permanecerá como a tecnologia predominante em mercados em desenvolvimento devido à sua "onipresença" e às restrições a outros métodos de m-payment.

O uso de NFC, tecnologia de comunicação por aproximação entre máquinas, que permite a troca de informações sem a necessidade de acesso à rede de dados da operadora ou à internet, será baixo até 2015. Tida como uma das tecnologias mais promissoras do segmento, o Gartner coloca oportunidades de crescimento real a partir de 2016 por sua complexidade.

“Pagamentos por NFC envolvem um custo no comportamento do consumidor e requer colaboração entre diversas frentes, como bancos, operadoras de telefonia móvel, administradoras de cartões de créditos e vendedores”, explica Shen.

Fonte:
http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=11474&sid=5 

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