A comunicação como uma das mais primitivas e distintivas formas de
diferenciação da raça humana, particularmente ao longo dos últimos anos,
vem sofrendo profundas alterações tanto em relação a sua capacidade de
disseminar informações quanto de prover o seu acesso.
Com a massificação do uso e acesso a Internet representando 25,6% da
população mundial (Internet World Stats), as pessoas passaram a ter a
capacidade de se comunicar e se relacionar de formas a impactarem não
somente a comunicação pessoal, como também a comunicação corporativa. As
redes digitais estabeleceram uma nova forma de produzir, disseminar e
compartilhar conhecimento.
Como um dos principais atributos desta nova lógica de comunicação,
podemos destacar um outro fenômeno, não menos importante, que é o da
convergência digital, em que a interação associada à possibilidade da
convivência simultânea de áudio, texto, vídeo, animações, imagens, etc
formaram o palco ideal para que a comunicação em suas mais variadas
formas e formatos, propósitos e objetivos pudesse se manifestar com a
intensidade que a vemos hoje.
Neste novo cenário, onde tudo e todos parecem estar interconectados
por meio da Web e de seus dispositivos de acesso (computadores,
celulares, TVs, etc), novas formas de trabalho surgem e se viabilizam,
como o trabalho remoto e o trabalho colaborativo.
O trabalho colaborativo nos ambientes empresariais passará a ser
explorado cada vez mais, buscando ganhos de sinergia, produtividade,
integração entre equipes multifuncionais e geograficamente distantes. O
compartilhamento de conhecimentos antes restritos a pessoas e/ou áreas
torna estes passíveis de serem usados e beneficiados coletivamente, o
que, via de regra, possibilita ganhos em eficiência e competitividade
frente aos modelos mais estanques e menos integrados das organizações
formais e menos “digitais” de trabalho.
Alguns pré-requisitos devem ser analisados e considerados para que se
obtenham os melhores resultados derivados da colaboração entre
diferentes agentes. Além dos fatores humanos relacionados a aptidões e
incentivo à colaboração, uma estrutura de dados organizada e eficiente,
padrões definidos de comunicação, espírito de equipe e um correto
planejamento dos papéis e responsabilidades de cada membro são
fundamentais para o sucesso de qualquer iniciativa de trabalho em grupo.
O suporte proveniente da tecnologia da informação, aliado a modelos
testados de colaboração entre pessoas, acabou por gerar padrões e formas
diferenciadas e específicas de trabalho cooperativo, tais como wikis,
blogs, fóruns, workflows de projetos, dentre outros. As formas ou
padrões de colaboração a serem utilizados variam de acordo com
características e particularidades de cada projeto, empreitada, empresa
e/ou setor de atuação; porém, alguns fatores e variáveis como
temporalidade, localização, complexidade dos temas e maturidade dos
participantes acabam por definir a melhor forma ou ferramenta a ser
utilizada.
Apesar de o trabalho colaborativo, como o conhecemos hoje, ter de
atribuir grande parcela de sua realização à tecnologia da informação, o
que se evidencia cada vez mais é a importância da informação e do
conhecimento que trafega de forma clara e objetiva por caminhos
pavimentados pelas complexas estruturas e sistemas de TI.
Vivemos na Era do Conhecimento, em que a informação precisa ser
trabalhada, processada e beneficiada para que se torne aplicável a cada
uma das situações possíveis. A troca de opiniões, os debates, a
agregação de visões e conhecimentos complementares de forma organizada e
direcionada são e serão, sem dúvida alguma, um dos mais importantes
fatores de diferenciação competitiva e de desenvolvimento humano.
Fonte:
http://www.tiespecialistas.com.br/2012/04/conhecimento-tecnologia-e-trabalho-colaborativo/
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